quinta-feira, 7 de julho de 2011

De barriga cheia



Ao Velho.


Vendo de fora, tudo é só felicidade. Afetos e chuva fina noS caminhoS seuS. Esse plural é que mata.Tivesse pernas pra tanto...        
Da obrigação de largar, faz-se o veneno da escolha. Um dia bem, tudo bem, é isso aí. No outro é se pudesse não estar aqui
Avessa à própria desperta natureza, tem-se apagado à toa. Escaparia no sono, não fosse pesadelar a cada vez.
Se ao menos aquele ainda vivesse e apontasse para o Norte... Ele, que a fez desobediente, era o único capaz de convencê-la. SÓ ELE, que não está, e de quem uns versinhos do Cazuza fazem especialmente lembrar.


Poema

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E eu lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte e já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito, porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás


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