quarta-feira, 27 de julho de 2011
LETTRE D'AMOUR nº 3
Charlotte,
Escrever-te me violenta, espero que te lembres. E custa muito à Isabelle conter os ânimos envolvidos. Não abuse. Preservar-nos a sanidade é de um esforço que a envelhece séculos por dia. Passou a noite a velar-me, pobrezinha, tentando me adivinhar a dor.
Nos colocam em risco o teu egoísmo e rebeldia, e o meu silêncio, reconheço. Ah, te enganas quanto aos covardes. Escorro indevidamente para dentro, e esta fúria contida ainda nos mata antes do previsto. Não é direito que estiquemos demasiado o fio. E não me queira convencer de que não te importas em fazer as coisas certas. Conheço-te.
Temos pressa.
Catherine.
P.S.: Enquanto nos extremamos, a doce Marion se distrai com divinos crepes. Teu lugar à mesa sempre posto.
Por Ceronha Pontes
De mais perto, no dia exato.
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