segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Hino à liberdade
Ontem postei aqui as expectativas da Duquesa. Hoje preciso lhes dizer o quanto a jornalista Luce Pereira me emocionou com sua visão de minha Camille. Entendeu onde Camille me arrebata e me me conduz inevitavelmente a esta peça, porque eu nunca me calaria sobre ela. Nunca.
Não pensem que o fato de Luce ser minha amiga querida , a quem admiro, respeito e quero um bem danado, seja o motivo dela se expor assim a respeito de meu trabalho. É uma profissional muito justamente respeitada, porque séria, sensível e competente. Por amizade fosse e achasse diferente do que aí está, por certo que se calaria. Não se arriscaria com o que não acredita, não é de seu talento, sua índole ou natureza. Por isso mesmo me emociono tanto e partilho sim, encorajada a seguir. Com Camille Claudel e tudo quanto ela representa.
OBRIGADA, LUCE.
Ainda espero vocês. A quem interessar a leitura, segue:
domingo, 24 de novembro de 2013
Camiiiiiiille!!!!!!
Não posso deixar de espalhar aos bons ventos as falas de minha querida Duquesa de Belo Jardim, a jornalista Luce Pereira, aqui de Pernambuco. Mais que me envaidecer, você me enche de coragem e isto não tem preço, Duquesa. Não vejo a hora de "incorporar" mais um texto seu. Beijos cheios de minha admiração.
Teatro com alma (Por Luce Pereira)
Há alguns dias, penso em ir ver a atriz Ceronha Pontes "incorporando" Camille Claudel, no Teatro Eva Herz, do RioMar. Sei do que estou falando: ela só atua abrindo a porta do corpo para receber a personagem, daí o verbo incorporar em substituição ao interpretar, troca, aliás, que só é possível no caso de atrizes com "a" maiúsculo. Num fim de semana, tem isso, noutro, tem aquilo e vão surgindo os motivos e as desculpas para não ir ver a criatura do Sertão dos Inhamuns (Ceará) "manifestada" em mais um palco.
O primeiro foi o de Essa febre que não passa e desde então eu só penso que, uma vez decidindo estar na plateia, corro o mesmo risco medonho de ficar impressionada, um bocado mexida com as falas e a movimentação em cena, tudo cuidadosamente trabalhado para desmantelar mesmo quem chega achando que vai sair impune. É porque ela dá alma quando está ali em cima e, geralmente, pessoas que se dedicam a entregar o que de melhor possuem querem o que de melhor tiver quem recebeu. Neste caso, apenas aplausos, que se ouvem não porque ela quer, mas porque merece. Ao final, são tantos que a moça de Tamboril sorri como quem só tem as mãos para enfrentar feras e assim mesmo consegue dar cabo de uma todo santo dia. Mata com talento.
Então vejo que me agarrei a desculpas e justificativas falsas para não ter ido, até agora, vê-la na pele de Camille Claudel. É medo mesmo (e olhe que eu nem sou "frouxa"). Medo de passar os próximos dias pensando mais na vida do que de costume, refletindo sobre coisas que nem sempre a insustentável "dureza" do ser segura.
Vou porque não quero mais viver em dívida com a boa arte do que já vivo, mas sei que depois corro o risco de gostar ainda mais de teatro. É o preço - e como é bom pagá-lo.
Salve, Ceronha Pontes.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Olhos
À revelia de minha severa autocrítica, compartilho. Porque foi um dia de conhecer pessoas incríveis com quem adorei estar e trabalhar.
Ao Amandio Cardoso e à Agência Circo, ao Martin Palacios e toda a equipe, a Tatiana Valença (making off), aos que fazem o IOR, ao Marcos Castro e sua Casa de Papel, ao meu talentoso e querido colega Alexandre Sampaio e ao diretor Alexandre Sorriso, deixo aqui meu abraço feliz. Foi massa.
Ceronha
Making off seguido dos filmes prontinhos:
Pra quem não tenha paciência de seguir o making off todo, basta clicar AQUI para ver só o comercial.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
"Depois de beber o mar"
Minha sobrinha de 08 anos diz com toda a segurança que me conhece como à palma da sua mão. Nunca duvidei. Hoje me mandou esta ao ouvir minha voz grave e insone ao telefone:
- Titia, a senhora ainda tá com aquela peça, né?
(Referia-se a Camille Claudel.)
- Sim, estou.
- Ai, que já estou vendo o tamanho das suas olheiras.
- Como assim?
- Porque é assim, né, Tia? A senhora quando tá numa peça, fica cheia de olheiras.
Dancemos então, para domar o medo do desafio que esta extraordinária escultora representa.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Camille em mim
Pessoas queridas, é óbvio ululante que fiquei envaidecida com as palavras do jornalista Bruno Albertim, a respeito de minha Camille Claudel. Sou humana, afinal. E saudável. Mas acima de tudo, a crítica de Albertim me afeta por tanto que me acrescenta em responsabilidade, renovando meu compromisso, ampliando meu desafio.
Artaud lembrava qualquer coisa parecida com isso: "o teatro acontece no exato instante em que a vida acontece". Pois é. Haverá sempre um grande mistério instalado no palco, na troca, na experiência diária.
Feliz, muito feliz, com uma avaliação tão positiva a respeito de um trabalho que uma equipe grande, entre cearenses e pernambucanos, se dedica a realizar. Mas é fato que, concordando inevitavelmente com Artaud, devo lhes prevenir que o espetáculo que Bruno assistiu não existe mais.
Tem uns versos de uma canção do Guinga e do Aldir Blanc que canto sempre que coisas muito especiais acontecem, que é não perder o prumo (é um risco, né?): "viver é afinar o instrumento/ de dentro pra fora/ de fora pra dentro/ a toda hora/ a todo momento/ lari lará..."
Seguem as palavras gentis e tão queridas de Bruno Albertim, e também as nossas boas vindas a todos vocês lá no Teatro Eva Herz. Por aqui seguimos com a certeza de que o milagre atenderá sempre pelo nome de TRABALHO. Meu dever.
Obrigada, Bruno.
Ceronha
LEIAM!!!
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/noticia/2013/11/11/a-reencarnacao-de-camille-104974.php
Chamadinha carinhosa
A peça estreou na sexta passada e seguimos até 08 de dezembro, aniversário de Mademoiselle Claudel.
Mais informações no post anterior, e nos que virão.
Esperamos por vocês. Beijos nossos.
Link para a nossa breve e nervosa entrevista do Blog Social 1. Obrigada, Mariana Lins.
http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=blog-social-1-entrevista-ceronha-pontes-0402CC1A3268D0B94326&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
INEVITÁVEL
Ela clamava: "exijo em altos brados a minha liberdade". Como eu ficaria indiferente?
Hoje às 20h lá no Eva Herz, reestreia “minha” CAMILLE CLAUDEL.
Over dose de valeriana para um mínimo de sono produzido esta
noite. O nervosismo configurado numa rouquidão perigosa e um vazio enorme, como
se qualquer coisa que em algum momento supus que pudesse oferecer tivesse
desaparecido.
Neste momento Mademoiselle Claudel é um oceano e eu morro de
medo d'água. Sei nadar,é verdade, mas se a água for muita estanco, apavorada.
Algo assim, irracional, e sou de repente incapaz de me salvar. Miúda. Um quase
nada: eu e meu teatrinho.
Devo entender que A VIDA É MAIS. A de Claudel, a minha a
sua...
No sucesso ou no fracasso, a vida será sempre mais.
Comecemos o dia por deixar entrar o sol. Canta, Paradis, e
me acalma.
Ceronha Pontes
P.S.:Sextas e sábados às 20h e domingos às 19h. Lá no Shopping RioMar, Recife-Pe.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Febril
Fim de mais um ensaio. Antepenúltimo antes da estreia. Desta busca incessante, carregada de justificáveis inseguranças, a única certeza que tenho é a de que, por estranho que pareça aos outros, ATOR é um ser inteiramente comprometido com a VERDADE.
Ceronha Pontes
de Camille Claudel
domingo, 3 de novembro de 2013
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