Foi o Cazuza com aquele papo de dormir "agarrando uns quatro travesseiros" ¹, ou foi a carta antiga que pulou das páginas do Neruda, ou ainda o conhaque, A Suplicante ², o Ennie Del Mar ³, O, A, Aquilo, Aquele, Aquela, sei lá, tudo junto e otras cositas más carregando a inspiração aqui pras bandas da saudade. E dói. Dor de perder o juízo e botar a boca no mundo, entregar teus segredos, explorar tuas mazelas, denunciar tua crueldade, punir-te. Arrastar tua banca pelos becos até dar no sangue, no osso, na ALMA. Em lá chegando, cravar-te espinhos, giletes, cacos de vidro, punhais. Então te entregar ao Diabo. E esquecer. Quisera.
...
Ceronha Pontes (Ursa Entrevada)
30 de julho de 2012
P.S.: Desculpa moço, não vou "tomar um drink num drive-in". Não com um estranho. E não me chame de "princesa". Passar bem.
notas de rodapé:
¹ Não amo ninguém, com o Cazuza, nos tempos do Barão Vermelho. Você pode ouvir clicando aqui. O título também é referência a outra canção do "exagerado", e eu não tou pra Codinome Beija-flor.
² Escultura de Camille Claudel.
³ Personagem do saudoso Heath Ledger em O Segredo de Brokeback Mountain, filme de Ang Lee.
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