Iara Campos e Marcelo Oliveira ensaiando
Espetáculo da Trupe Ensaia Aqui e Acolá, estréia amanhã às 19h no Teatro Capiba, SESC Casa Amarela, Recife-Pe.
Livremente inspirada no Romance A Emparedada da Rua Nova, do escritor pernambucano Carneiro Vilela, a peça é a segunda de uma trilogia em que a Trupe pretende (motivada pela obra de outro pernambucano de valor, o teatrólogo Marco Camarotti) experimentar formas marginalizadas de teatro. Primeiro montaram Rififi No Picadeiro (teatro para a infância). Agora com"O Amor de Clotilde..." experimentam a linguagem do melodrama. Para tanto, pesquisaram a fundo e com auxílio luxuoso de ninguém menos que a artista circense Índia Morena, os dramas apresentados sob as lonas dos circos de antigamente, aqueles também conhecidos por "tomara que não chova".
Depois de um ano de estudo, o próprio elenco cuidou da dramaturgia que resultou impressionante. De encantar qualquer alguém que tenha tido o privilégio de ver em cena, por exemplo, A Louca do Jardim (um clássico pernambucano do gênero).
A Trupe tem essa pinta mambembe, carregando arriba e abaixo o seu picadeiro com cara de "tudo usado". Tem talento, alegria e compromisso a valer. É diversão garantida. Coisa de quem faz bem feito. Quem zela pelo ofício, quem ensaia até atingir o requinte, mas sem jamais perder aquele ar de quem não tem reputação a zelar. Saltimbancos, felinos... Que nem, que nem...
"Nós gatos já nascemos pobres
porém já nascemos livres, lá,lá,lá..."
Estive com eles durante a montagem, colaborando modestamente com os atores em sua construção de personagem. Num outro post, com mais tempo, quero compartilhar tim-tim por tim-tim os babados e delícias deste trabalho. Por hoje deixo dito que tem sido prazer enorme conviver com o bom astral, a inteligência e a coragem de Iara Campos, Marcelo Oliveira, Andréa Veruska, Tatto Medinni, Andréa Rosa, o encenador(também ator do espetáculo) Jorge de Paula e outros integrantes do grupo( Fred e Ju).
O passo a passo do trabalho de Jorge guardo no mesmo lugar em que ficam os ensinamentos apreendidos no Colégio de Direção Teatral, lá no meu Ceará. Coisas que ficam impregnadas e a gente esperando a oportunidade de experimentar. Delícia! Que venha o teatro folclórico coroar a trilogia.
Conversaremos mais a respeito quando eu processar "o bem-querer, o turbilhão". A gora "simbora" com Chico e Edu:
"Ir deixando a pele em cada palco
E não olhar pra trás
E nem jamais
Jamais dizer adeus."
Um super beijo.
CERONHA PONTES
Recife-Pe, 16 de julho de 2010
Oi Cecé,muita sorte nessa nova jornada,competência e talento vc.já tem.Com certeza vai ser um sucesso.
ResponderExcluirQue seja mais um raio de luz, para iluminar ainda mais sua carreira! Sucesso é consequência, talento não vai faltar!
ResponderExcluirO sucesso também é o reconhecimento do trabalho de um grande artista...
ResponderExcluir