quinta-feira, 18 de abril de 2013

Tamboril Uganda França Japão Pernambuco...


Ontem foi a última aula com o Maurice Durozier (Téâtre du Soleil), tendo o Teatro Japonês como pesquisa. Impossível não recordar uma "viagem" à África, há exatos quinze anos quando, conduzidos por Celso Nunes através do Peter Brook e do Colin Turnbull, fomos parar na extinta tribo dos Iks, na região de Uganda.
O teatro é velho demais, então é realmente difícil deparar com o absolutamente surpreendente, em se tratando de discursos. As variações existem, claro, sobretudo quanto ao fascínio particular de cada mestre, mas, e não há mal nenhum nisso, tem-se aquela impressão de ter ouvido já, ou percebido de alguma maneira e em línguas várias, inclusive em nosso bom português, e português do Brasil, eu digo. Novo mesmo, é que o experimento se dê em códigos tão próprios de uma outra cultura. Tal como em Os Iks, esta aventura por nosso Japão imaginário me pôs de novo sob o desafio de andar. Porque em ambas as "expedições" a primeira coisa foi aprender o quanto possível uma outra forma de nos movermos. E isto, tão simples assim(?), já nos põe o olho noutro ângulo, revelando maravilhas de um mundo distante tão dentro de nós.
Obrigada Maurice Durozier e Aline Borsari
. E é claro, obrigada de novo e sempre ao Celso Nunes, que a cada experiência se afirma mais e cada vez mais dentro de mim.


Ceronha Pontes

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