quinta-feira, 2 de junho de 2011

Leviandades



A gente arma uma confusão do cacete, agita o céu e o inferno fazendo motim com o cão e outros encrenqueiros de asa,  uma agonia medonha na peleja pra garantir poder de decisão ao menos sobre esta coisica titica que é um rumo a tomar, enquanto a danada Daquela não chega.... 
Danei-me, Seu Menino, que me espalhei foi demais! Juntar não posso. Ir por aqui ou por ali é um tal de abandonar pedaço de valia que sobro um aleijo, qualquer que seja eu. 
E agora? Tanto quis que nem Santo Anastácio se ocupa em acudir. Faça isso comigo não, meu Santo. Sou devota fuleráge¹, mas tou é precisada, tenha medo. Hômi, tá de noitim e ainda não sei pra onde correr. Quem Danado botou na gente um coração atuleimado² e mais um monte de idéia abarrotando o juízo? Devia arcar com o estrago. Sem querer ofender o Todo Poderoso, que não tou em condições, mas noutra oportunidade (contando que terei) diga lá  que pode botar menos interrogação, menos emoção, menos imaginação, menos danação, menos...  Olhe, saia diminuindo em tudo que for "ão", passe o lacre e deixe ser pra ver qual é. 
Sem me bulir, tou aqui só no aguardo "visse"? Demore não.

Ceronha Bisonha
Recife-Pe, 02 de maio de 2011



¹ Fuleráge: de qualidade duvidosa, sem futuro.
² Atuleimado: exagerado.
   

Um comentário:

  1. Te aguento não viu?!
    Deixar ser pra ver qual é, é o meu lema hoje...
    mas é tão difícil, e quando a gente não da conta do que pede? São tantas emoções meu Deus, tantos desejos, um mar de sentimentos.
    Beijos querida.

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