terça-feira, 18 de dezembro de 2012

"Morna e ingênua"



"A poesia não é de quem escreve, mas de quem precisa dela", disse o carteiro ao Neruda naquele filme antigo e desde então me sinto mais livre por entre os versos que falam de mim, mesmo que por outros escritos. 
Hoje a Vovó, que nos deixou 

em maio passado, faria 95 anos. Lúcida, inteligente, bem humorada. No comando até o fim. Quando se chega a "gente grande", se entende que nunca mais se é feliz nem triste assim, um de cada vez. Vive-se o tempo todo alegre e triste ao mesmo tempo agora. Triste por isto, alegre por aquilo outro.
Triste porque sem ela e sem o Papai minha família diminuiu drasticamente. Quem me amou mais do que eles? E justamente por isto FELIZ. Este amor que é minha fortuna e meu Norte.
Então o Cazuza, meu ídolo exagerado, escreveu este POEMA pra sua própria Avó. Ou seria pro Avô? Não lembro direito, nem faz diferença. "Caju" não teve tempo de cantar o que o Frejat musicou, o Ney cantou e eu tomo pra mim e ofereço à minha Vó Totonha. Com "todo amor que houver nessa vida".





Ceronha Pontes (Cecé)

18 de dezembro de 2012

P.S.: E ontem fez 18 anos longe do Papai.


2 comentários: