Partilhando as impressões das queridas Lúcia Helena (poeta) e Renata Rosa (cantora e compositora)que me chegaram por e-mail, sobre a nossa aula-espetáculo de ontem. E também as fotos de Camila Sérgio ('brigada', Camilinha!).
C.
"Querida Ceronha,
Que prazer participar da aula espetáculo, aprendi tanto.
O teatro exerce em mim um enorme fascínio enquanto espectadora e fono, mais do que ele só a poesia, porque esta está em mim em carne viva a me instigar o tempo todo.
Ontem pude compreender, sentindo, o que em mim pairava no campo do racional - o interpretar não é matéria da emoção, o interpretar é matéria da ação percebida, esmiuçada, e então a emoção se encaixa e a palavra também, já que palavra é ação intencionada, junto ao corpo e resultante do texto, mas só viva se passar pelo corpo teatralizado.
Sim, o teatro se faz de ator e espectador, sou partidária desse "fazer antigo", o resto deve ser complemento.
Sei que desde ontem fui instigada a sair da posição de espectadora e desejar ocupar a de atriz , vivenciar o movimento construído e carregado de intenções.
Grata pela oportunidade , grata a você e a todos da oficina, em especial a Nínive e Lili.
( meu marido sentiu o mesmo, ficou querendo experimentar o agir teatral).
Beijos,
Lúcia Elena
Beijos,
Lúcia Elena
P.S.: Querida, quis postar no seu blog esse comentário mas não consegui, sou inscrita nele mas após várias tentativas infrutíferas desisti, sou quase uma analfabeta virtual ..."
Lúcia Helena F. Neto
Lúcia Helena F. Neto
A professora (putz, que os óculos deram a maior credibilidade a este papel) recebendo dois girassóis de dois girassóis.
Crônica do amor escurecido nº 1
Nínive Caldas (Apolônia) e Lili Rocha (Sara)
Crônica do amor escurecido nº 2
Nínive Caldas (Neide)
Crônica do amor escurecido n°3
Lili Rocha (Laura)
"Lili e Ceronha,
Meninas, que grande prazer esse domingo que passamos juntas, guiadas pelo bom faro das escolhas inesperadas e da poesia junto a uma bela bandeja Burguer King!!!!!
Ontem tive a sensação deste poema durante a terceira cena. Aproveitei e transcrevi também um segundo poema, que também me traz sensações semelhantes.
É do poeta sérvio Vasco Popa.
Grande beijo!"
Renata (Rosa)
OS GUERREIROS DO CAMPO DOS MELROS
Aqui onde estamos
Conquistamos os campos azuis
E as montanhas de minério sem sopé
E nos casamos
Cada qual com sua estrela-guia
Aqui no império que construímos
Mãos cruzadas sobre o peito
Continuamos a batalha
Nós a continuamos para trás
Crianças
Vejam que ainda não chegamos
E sabe lá deus se um dia chegaremos
Ao começo da batalha
De onde ouvimos
Alto em algum lugar sobre nós
A canção verde no melro
(Fotos de Camila Sérgio.)
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