domingo, 2 de setembro de 2012

Recados e retratos


Partilhando as impressões das queridas Lúcia Helena (poeta) e Renata Rosa (cantora e compositora)que me chegaram por e-mail, sobre a nossa aula-espetáculo de ontem. E também as fotos de Camila Sérgio ('brigada', Camilinha!).
C.


"Querida Ceronha,
Que prazer participar da aula espetáculo, aprendi tanto.
O teatro exerce em mim um enorme fascínio enquanto espectadora e fono, mais do que ele só a poesia, porque esta está em mim em carne viva a me instigar o tempo todo.
Ontem pude compreender, sentindo, o que em mim pairava no campo do racional  - o interpretar  não é matéria da emoção, o interpretar é matéria da ação percebida, esmiuçada, e então a emoção se encaixa e a palavra também, já que palavra é ação intencionada, junto ao corpo e resultante do texto, mas só viva se passar pelo corpo teatralizado.
Sim, o teatro se faz de ator e espectador, sou partidária desse "fazer antigo", o resto deve ser complemento.
Sei que desde ontem fui instigada a sair da posição de espectadora e desejar ocupar a de atriz , vivenciar o movimento construído e carregado de intenções.
Grata pela oportunidade , grata a você e a todos da oficina, em especial a Nínive e Lili.
( meu marido sentiu o mesmo, ficou querendo experimentar o agir teatral). 
Beijos,
Lúcia Elena
P.S.: Querida, quis postar no seu blog esse comentário mas não consegui, sou inscrita nele mas após várias tentativas infrutíferas desisti, sou quase uma analfabeta virtual ..."

Lúcia Helena F. Neto

A professora (putz, que os óculos deram a maior credibilidade a este papel) recebendo dois girassóis de dois girassóis.

Crônica do amor escurecido nº 1 
Nínive Caldas (Apolônia) e Lili Rocha (Sara)

Crônica do amor escurecido nº 2 
Nínive Caldas (Neide)


Crônica do amor escurecido n°3
Lili Rocha (Laura)

"Lili e Ceronha,

Meninas, que grande prazer esse domingo que passamos juntas, guiadas pelo bom faro das escolhas inesperadas e da poesia junto a uma bela bandeja Burguer King!!!!! 

Ontem tive a sensação deste poema durante a terceira cena. Aproveitei e transcrevi também um segundo poema, que também me traz sensações semelhantes.

É do poeta sérvio Vasco Popa.

Grande beijo!" 

Renata (Rosa)


OS GUERREIROS DO CAMPO DOS MELROS

Aqui onde estamos
Conquistamos os campos azuis
E as montanhas de minério sem sopé
E nos casamos
Cada qual com sua estrela-guia

Aqui no império que construímos
Mãos cruzadas sobre o peito
Continuamos a batalha

Nós a continuamos para trás

Crianças
Vejam que ainda não chegamos
E sabe lá deus se um dia chegaremos
Ao começo da batalha

De onde ouvimos
Alto em algum lugar sobre nós
A canção verde no melro

(Fotos de Camila Sérgio.)

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