(mensagens desencontradas, bobagens à deriva...)
D- Essas lembranças de ti, e que não puderam me arrancar! Te tenho. E me guardas. Confio.
F- Sonhei que eu ia morrer. Sou de sonhar estranho. Devo te consolar.
D- Há uma eternidade nenhuma baforada que me mate um pouco.
F- A canção amerelinha do menino da esquina... Se eu morrer não chore não, é só a lua... Não sei que lá, sol, girassol... E tem um lance tipo você ainda quer morar comigo. Ah, se eu soubesse! Ou será tarde demais? Lá,lá,lá... Ou será tarde demais?**
D- Amém! Um santo, um cavalo e um dragão. Pra uma lua que só eu sei.
F- Perfume. Qualquer coisa flor de laranjeira do gosto ruim pra cacete!
D- Eu não vou contigo, mas preciso que venhas me buscar. Que tu não desistas de mim é o que eu respiro.Cada vez que bates à minha porta eu sou eterno. Mesmo quando finjo que não estou, sou de mais ninguém quando tu vens.
F- Só mais uma noite inteira contigo metade vestido, metade bunda de fora, sentado com um dos pés sobre o sofá, um cigarro na mão e o pinto na outra. Assim, fumando e amassando com desdém o pinto, responsabilizando-o por todas as guerras deflagradas. "A culpa é desse negocinho aqui".
D- Ai de nós que estávamos lá, no descobrimento da foda!
D- Ai de nós que estávamos lá, no descobrimento da foda!
F- O pensamento grita teu nome de um jeito que por pouco não nos trai a minha boca.
D- Como conviveriam a minha grosseria com a tua delicadeza, não sei. Mas, sonho é. Minha mulher!
F- Lá no tempo da incontinência urinária, discutir a qualidade do fraldão? Tempo, tempo, tempo...
D- Escolha: filha, puta, santa, minha trástica...
F- Te invadir por onde se possa meter, socar, enfiar, esfolar...
D- ...
F- Nada te apavore. O mal que faço é a mim. E já nem é tanto assim.
F- Até a exaustão desatar o choro, desfazer o engasgo, o entalo, o enfado dessa merda toda.
D- Eu não...
D- Tu não virias pra ficar.
F- Aqui. No fundo. O gosto. Ruim.
D- Não me espere num cavalo branco.
F- ...
D- E não me deixes.
F- Reconhecerás.
D- Virias?
F- Vaidade.
D- O amor é estranho. O mundo não pode viver sem ele, mas, ainda assim, o repele.***
F- Meu Rinoceronte.
D- Talvez a infinita distância seja o adubo. Ou o estrume? A covardia rega.
D- Cantar é dever. E os deveres ainda faço.
F- La lune brille pour toi.
D- Será que alguma vez eu me emocionei?
D- Minha Ursa.
D- Aqui. O fundo.
F- O gosto ruim.
D- Talvez eu chore.
F- É só a lua.**
D- Teus peitos, quando ficarem enormes, marrons...
F- É só poesia.**
D- Se eu chorar...
F- La lune...
D- Tatarena vai rodá, vai botá fulô (?).*
F- Tu sem chuva e a tristeza em mim.*
...
...
...
F- Isto e mais um tanto disto outro. Com Perfume. Eu sonhei.
D- Meu Deus!
F- Assim como era no princípio. Branquinho, branquinho...
D- Minh'alma vai florescer.*
...
...
...
(Senza fine)
"Sábios em vão tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentira, retratos
Vestígios de estranha civilização"
(Futuros amantes - Chico Buarque)
"Sábios em vão tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentira, retratos
Vestígios de estranha civilização"
(Futuros amantes - Chico Buarque)
F- Ela
D- Ele
* Campo Branco, Elomar
** Um girassol da cor de seu cabelo, Márcio Borges e Lô Borges
***Conto Medieval Indiano
Negrito-Domínio dela. Só dela.
Ceronha Bisonha
13 de outubro de 2010
"Não se afobe não, que nada é pra já, o amor não tem pressa ele pode esperar.
ResponderExcluirMensagens desencontradas podem resultar em um belíssimo encontro.
bjs.