quinta-feira, 11 de março de 2010

SI TU NO ESTÁS...


Hômi, Seu Menino, foi um SUSTO entrar na internet e dar de cara com um passado daqueles que de tão passado ficaria pra sempre na poeira do esquecimento, não fosse um determinado site dar como certa a ressurreição do fantasma. Trata-se de Roy Rossello. Ele mesmo, um dos cinco rapazes mais adorados dos anos oitenta, os porto-riquenhos que compunham o grupo MENUDO. Pois vocês me acreditam que o moço (tá mais pra senhor, já) está morando bem aqui em Salvador? Achou de lançar na Bahia (porque será?) a Banda Parayzo, ao lado de uma cantora loura e popozuda que atende pela alcunha de Valéria Flor do Sereno. Olha que eu fiz o meu esforço, juro a vocês, mas a foto da dupla não deixava dúvida de que minha relação com Roy datou meeeeesmo. Ficou lá no tempo da imagem cuidadosamente escolhida para ilustrar amoroso post, na qual Roy aparece abaixo, à direita.

Fui, confesso, ME-NU-DE-TE. Com direito a possuir desde os discos (vinil, é óbvio) a todas as bugigangas que estampassem as caras de Robby, Roy, Ray, Charlie e Ricky. E este último ainda nem era o Martin, pois alcancei o seu xará antecessor, o Melendez.
[...]
Interrompi a escrita e fui ao youtube buscar clips dos meninos. Que lombra! Adolesci total. Suada não, cão! Affe, da cearensidade da pessoa, dançando e cantando com eles, bora negrada, IEEEEI!

“Não segure muito seus instintos
Porque isso não é natural
Sai do sério, fala alto, dá um grito forte
Quando queira gritar
É saudável, relaxante, recupera
E faz bem a cabeça
Por isso canta, dança, grita, ô ô ô ô.

Não acredito que ainda não reconheceram o hit. Sigam-me os bons.

“Não se reprima,
Não se reprima,
Não se reprima.”


Uhu!!! Quem diria que décadas depois (socorro!) eu fosse executar esta ge-ni-al coreografia com a mesma desenvoltura dos tempos em que o fazia vendo os garotos se apresentarem no programa do Chacrinha? Menino, dançava eu e dançava a Terezinha e mais tudo quanto é menina do redondo planetinha. Pode crer, febre geral, epidemia. Não se Reprima era a expressão da nossa rebeldiazinha furreca. Ô vazio! Mas hoje não tou a fim de papo cabeça, minha gente. Los niños del Menudo trazem dulces recordações que nada tem a ver com o tremor no Chile, massacre na Nigéria, terror no Iraque, corruptos Brasis e outros temas que insultam esta abusada que vos fala.

Menudo traduzia o primeiro olhar, o doce beijo, o brevíssimo amor eterno aborrecente. E é impossível não me reportar a Tamboril-Ce , minha cidade derramada aos pés da Serra das Matas, cenário perfeito para um primeiro namoro cuja excelente qualidade garantiu a exigência aplicada nas escolhas posteriores, com algumas exceções das quais ninguém se livra. É sabido por todo o Tambas e redondezas que o Evandro Francelino (amigo, desculpa a exposição, mas...) era o dono dos meus suspiros ritmados pelas pérolas menudianas.

“Passo os dias sonhando acordado
E de noite eu não posso dormir
Teu amor em meu peito guardado
Eu só quero ficar do teu lado
E na hora de estudar eu só faço me lembrar
Deste sonho tão bonito que vivi
Este amor é a coisa mais linda que já senti.”


KKKKK!!!!! Blogueiros queridos meus, hoje eu tou que é puro clichê e em verdade vos digo: RECORDAR É VIVER.

Na seqüência, como era de se esperar, Menudo pôs-se a me consolar do primeiro pé na bunda. Dramalhão, né? Foi um tal de chorar ouvindo centas vezes seguidas a doce voz de Robby Rosa a suplicar em meu lugar:

“Please be good to me
Don’t let me cry anymore
Hold me like you did before
Just a little means so much.”


Em vão. Oh mundo, digo, Evandro cruel! E tudo entre nós até hoje, sob as bênçãos do Menudo, ficou na base do “quero ser o amigo que está sempre em seu caminho”. E somos. E estamos.

Antes que exploda o ego do meu querido exaustivamente citado, e também pra não abusar da compreensão do digníssimo cônjuge que felizmente não faz a podre linha “bofe ciumento”, devo dizer que o Menudo foi, SOBRETUDO, a trilha de uma necessária despedida da qual jamais me curei. Pois o quinteto estava no auge quando deixei o velho Tambas, verdadeiro protagonista deste post provocado pela aparição de Roy Rossello. Minha terra cuja lembrança ora me adoça, ora me torna um purgante de ser. Mais não conto. Não hoje. É que fui ficando molinha do coração depois que esfriou o suor despendido na dança de Não se Reprima.

Segue o link com o mais afinadinho dos cinco, enquanto me despeço com as faces salgadas por um choro bom.
http://www.youtube.com/watch?v=5c-bsHCM6RI

Desafio meninas com mais de trinta... e cinco a me atirarem a primeira pedra.

CERONHA PONTES
Recife-Pe, 11 de março de 2010.

9 comentários:

  1. Levando em conta o que é trash hoje em dia, creio muito que os 80's também tiveram seus momentos "fake up".
    O Roy quis MESMO fazer uma releitura da sua época de Jhonas Brother's vintage.

    Bruno Niogueira :D

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  2. Tempo bom demais, eu também era fã de carteirinha, marcou muito a época de adolecente, Ceronha, vc abalava corações, o Evandro é que não soube aproveitar, rsrsrs.

    Grande abraço minha sempre amiga.

    Givaldo

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  3. Gigi, tu estás aí querido, que bom! Nada como o tempo pra gente se livrar dos preconceitos,né? Naquela época tu morria e não confessava esta idolatria. Adorei o "abalava corações", uau! Mas o Evandro foi incrível, pode crer.
    Beijos carinhosos da sua sim, sempre amiga.

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  4. Cecé....
    Pelo amor de Deus!!!
    Foste revirar o teu baú e revirou o nosso... que bom!!!
    Também eu, era ME-NU-DE-TE!!!
    Daquelas de ir dançar no Irapuan Lima! kkkkkkkkkkkkkkkk
    Tempo bom!!!
    "doces beijos" pra ti!!!

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  5. Caramba, o Irapuan bem merece um post, não achas?
    Beijos pra ti também.

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  6. Olá Ceronha, adoro ler seus post's... e essa revirada de baú foi tudo!!!! Bjs!

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  7. Klessi, mi cariño, seja bem-vinda sempre.

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  8. Cecé, muito legal. LP do Menudo adorei, que descoberta em Salvador hein? Ficarei "espiando" seu blog. Abraço a vocês. Myrlla.

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