terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O que você faria?


Longe de ser o réveillon dos sonhos. Mas quando foi mesmo que sonhei com festas de fim de ano? Desnecessária canseira, sempre achei. O fato é que, com o coração reduzido a sei lá quê,  a inteligência age e encontra abrigo.
Meu intinerário:
Amelie
Timo
Pina
Freddie
Sérgio
...
Seguindo. Até o fim do ano (2013, eu digo) ainda subo uma montanha, faço uma visita ao Uruguai, planto um girassol, abraço um Rinoceronte. Impossível é não ir.

Ceronha.


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Coração selvagem


Sujeito que eu gostaria de ter conhecido de perto é o Sérgio. Tudo o que ele canta me atravessa. Bastando-me a canção para ter doces alucinações. Esta, por exemplo, me faz ver um Urso exuberante rodopiando pelas clareiras de uma floresta perfumada banhada por lua gorda. Hahahahahaha...
Quer ver? É só clicar:
"Eu quero esse delicado contato da sua mão."

Vaidadezinha


Irmã gêmea de Narciso, a Paixão é só uma criança vaidosa que atira para todos os lagos.
C.P.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O que importa?


Espírito avariado caindo mais uma vez no conto da Valeriana. Não, não adianta.




terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Amores partidos


"Morrer de amor é uma utopia que está cravada em qualquer coração". 
(Nelson Rodrigues)

Levando para minha pequena Ana uma versão, para crianças, de Romeu e Julieta. Claro que me certifiquei da qualidade da adaptação e sua fidelidade ao fim trágico dos jovens Montecchio e Capuleto. Sim, Shakespeare, tanto quanto possa, preservado. A intolerância exposta para o assombro e reflexão da menina.
Reflito eu mesma agora sobre meus pares favoritos: Ennis e Jack (Brokeback Mountain), Justin e Tessa (The Constant Gardener), Timoteo e Itália (Non ti Muovere)...
Impedidos, interrompidos, mais grave, precocemente separados pela morte e, como se apenas deste modo eternamente, a camisa de Jack dentro da camisa de Ennis, o sapato de Itália escondido no armário de Timo, e Tessa, bem, "Tessa is my house", diria Justin, apelando para a morte.
Penso que devo contar à Ana sobre os que envelhecem juntos (Eduardo e Mônica, por onde andam?), que estes também sabem o que é felicidade, mas, que o tal do "pra sempre", definitivamente, não é todo dia.




Passando...


Em Fortaleza será mínimo o tempo entre o que me leva do Recife ao que me levará a Tamboril. Deste modo, nem amigos, nem Centrão, nem Benfica, nem Guaraná da Gorete, nem Praia do Futuro, nem Theatro José de Alencar, nem conhecer o pão caseiro da Kerla, nem Bagaceira, nem BR Trans, nem Marta Aurélia Flor Vagabunda, nem Verônica decide morrer, nem tantas outras gentes e coisas que eu gostaria.
É muito, muito estranho ver o velho e amado lar transformado em ponte. Passagem. 

E "meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem." 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

AGRADECIMENTOS


Foto: Camila Sérgio

Acabou a temporada de meu faz-de-conta sobre a vida e obra de Camille Claudel no Recife.
Agradecimentos sem fim ao Tadeu GondimAndré Brasileiro e sua Mãe, Dona Gilca Brasileiro, por sua mão na massa, digo, no barro vermelho, sem melindres, nem frescuras, derramando seu suor em função de minha cria, ariscando-se comigo na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza sem nunca perder a dignidade, é o mais importante. Por me incentivarem a resgatar este trabalho antigo(que eu nem sabia mais se queria recuperar) justamente no ano em que completam os cem da internação, os setenta da morte, e encerrar temporada bem no dia do aniversário de Camille, que completou no último dia 08 de dezembro 149 anos. Respeitável senhora, não?
Passamos por coisas que eu nunca tinha experimentado nos anos dedicados ao ofício, mas, o limão, por mãos inteligentes sempre resultará numa boa limonada, ou até na caipirinha, para quem goste, né?
Posso dizer que foi um gosto olhar de longe aquela Ceronha de outrora, de longos cabelos, um corpo mais fininho, um rosto ainda com traços da juventude e agradecer a ela pela ousadia e atrevimento de preparar o terreno ainda em palcos cearenses, para esta hoje senhora de 41 anos, mais despudorada e densa. Agora talvez é que fosse a hora, mas, se aquela nunca tivesse ousado, não sei o que seria.
Agradecimentos eternos ao Rogério Mesquita e ao Walter Façanha, comigo desde aquela Camille e até sempre. Ao Yuri Yamamoto, ao Rafael Martins e todo o Bagaceira. À Juliana Carvalho e ao Rodrigo de Oliveira. À Ihasmin Oliveira e seu Pai, o meu marido Eros Oliveira. Ao Beto Trindade e ao Raimundo Oliveira. À Lilli Rocha e à Nana Milet. Ao Marcondes Lima e sua família. À Camila Sergio, Rogério Alves e Alex Ribeiro. Ao primo Ed Lima, pro resto de minha vida. Ao meu irmão Dé (Jose Edson) e família. Aos muitos e muitos e muitos que desde o Ceará, dando a volta lá por Campinas e chegando em Pernambuco, têm me ajudado na realização deste espetáculo. Aos amigos e colegas que me deram a honra e a alegria de sua visita ao "asilo". E ao público desconhecido, espontâneo, que chegou ali por Camille, assim como eu, e com o qual a troca, de tão amorosa, me fortaleceu e encorajou a enfrentar tamanho desafio. O desafio que é Camille, a própria e gigante.
Sobre a minha relação com ela vale o que eu dizia à Brenda Ligia Miguel: Camille, a verdadeira, é tão grande! Todo dia na coxia antes da cena, da minha miudeza peço a ela que me perdoe o atrevimento e me permita atuar só pelo que eu tiver de bom, à revelia de toda vaidade e soberba que me habitem.
Que venham outras e felizes temporadas. Não tenho a mínima ideia de onde nem quando, mas, que venham. Por agora quero ir ao cinema e tomar uma cerveja escura com os amigos.
Beijos muitos.


Ceronha Pontes.


sábado, 7 de dezembro de 2013

Une chanson


O coração cheio, a pena incapaz. Não é um alívio que outros tenham escrito?

"C'est une chanson
Une chanson pour les vieux cons
Comme toi"...
Lari, lará...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mais que discreto


"Aí a minha vida ia fazer mais sentido,
e a sua talvez mais que a minha..."

Ah, sujeito inspirado.



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

C'est fini


Encerrando temporada no próximo fim de semana.
Dias 06 e 07 (sexta e sábado) às 20h
Domingo, dia 08 de dezembro, aniversário de Camille, ÚLTIMA APRESENTAÇÃO.
Esperamos vocês com o carinho de sempre.

CAMILLE CLAUDEL (por Ceronha Pontes)
Teatro Eva Herz, Livraria Cultura do Shopping RioMar, Recife.

Foto: Rogério Alves.



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Depois de haver chorado





Desde o jantar cujo tema era a minha Camille (Claudel), pelo genial espetacular Chef Kovacic, Mireille não me deixa ouvir outra coisa. Eu que já adorava quando o grande tenor chegava pra embalar o drama de Jacques Desmoulin (Gérad Depardieu- Elisa), agora mole, completamente entregue a esta versão.

Ceronha 


Para ver no filme, basta um clik.